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26 de Abril de 2024
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    Magistradas falam sobre a participação da mulher nas instituições públicas

    há 7 anos

    Magistradas falam sobre a participação da mulher nas instituições públicas

    O evento “Mulher no Poder” foi promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral e aconteceu nesta quarta-feira
    Sex, 20 Out 2017 18:44:00 -0200

    A força, a dedicação e, principalmente, a persistência da mulher foram qualidades destacadas durante o evento “Mulher no Poder”, que foi organizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR).

    O encontro aconteceu nesta quarta-feira (18/10) e abordou três temas: “Mulher, Mídia e Cidadania”; “Mulher nas Instituições Públicas” e “Mulher no Processo Eleitoral”. As temáticas, divididas em painéis, contaram com a presença das Desembargadoras Lilian Romero, Regina Helena Afonso de Oliveira Portes e Joeci Machado Camargo.

    Mulher nas Instituições Públicas

    A Desembargadora Lilian Romero atuou como mediadora do painel que tratou sobre a representatividade da mulher nas instituições públicas. Participaram do debate a Desembargadora Regina Helena Afonso de Oliveira Portes; a coronel da Polícia Militar do Paraná Audilene Dias Rocha; a Procuradora de Justiça Samia Saad Gallotti Bonavides e a diretora do Procon-PR, Claudia Silvano.

    A magistrada Lilian Romero iniciou a conversa destacando a ascendência da mulher, indicou como exemplo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel; a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May; e a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. Ressaltou ainda que as mulheres estão despontando em vários setores e isso concretiza o profissionalismo e o valor delas na sociedade e em todas as áreas que atuam.

    Em seguida, a Desembargadora Regina Helena Afonso de Oliveira Portes passou a falar sobre a sua trajetória como mulher advogada, Juíza do Tribunal de Alçada e Desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná.

    Foi com a citação de Clara Chart que a Desembargadora Regina Portes começou a sua explanação: “Não há nenhuma ação transformadora nesse país que não tenha a cabeça, o braço e o coração de uma mulher”.

    Logo, passou a contar sobre a sua trajetória como advogada e magistrada. “Atuei por 20 anos no escritório do Professor René Dotti, lá exerci, além da advocacia, trabalhos administrativos e na área contábil da empresa. Em 1992, ingressei no Tribunal de Alçada e fui a primeira mulher entre 49 homens.”

    A Desembargadora disse que no início foi difícil a adaptação, pois estava desbravando um local que até então era reduto dos homens. “Bastaram alguns meses para que eu ganhasse 49 cuidadores. Tudo foi se ajustando e conquistei a confiança deles com muito trabalho e esforço.”

    Regina Portes também foi a primeira Desembargadora do TJ-PR e está no cargo há 25 anos. Ressaltou que ao ingressar na Corte também passou por um período de ajustes, mas que a mulher tem uma força e uma persistência que a levam a qualquer lugar.

    Ao final, salientou que as mulheres têm disciplina, persistência e obstinação surpreendentes. “Somente com a participação democrática que garanta condições iguais, valorizando a capacidade e a experiência e nunca o gênero, poderá ser assegurada a real transformação para a sociedade igualitária”, afirmou.

    Mulher no Processo Eleitoral

    O terceiro painel teve como mediadora a Desembargadora Joeci Machado Camargo e como debatedoras a advogada Carla Karpstein, da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-PR; a professora Eneida Desiree Salgado, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); a presidente da Câmara Municipal de Santa Fé, Elislaine da Silva; a prefeita de Ortigueira, Lourdes Banach; e a vereadora de Curitiba Maria Letícia Fagundes.

    A mediadora, logo no início, convocou as mulheres presentes para arrumar a ‘casa’. “Que tal varrer e lavar a casa do nosso município? Que tal do nosso Estado? E quem sabe, o que está fazendo falta é honrar a nossa Pátria! Nós precisamos nos unir e arrumar essas casas.”

    Disse ainda que vibra quando uma mulher alça na política e que sempre terá o seu apoio, porque as mulheres são minoria em relação à representatividade popular. Inclusive, falou sobre as adversidades que enfrentou na vida e na carreira. “Foi a persistência que não me deixou desistir, nunca vou desistir. Acredito no que faço e no que é correto.”

    Após contar várias experiências, a magistrada disse que está faltando união e que é preciso acreditar na construção de um país melhor. Incentivou a participação das mulheres na política, pois acredita que é a força feminina que transforma.

    Durante o painel também foram abordados temas como legislação, cotas e representatividade da mulher na política.

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